sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Trafico de Armas



Segundo a Polícia Federal, quadrilhas têm escolhido os portos de Santos e de Paranaguá, onde apenas 1% dos contêineres são escaneados, e trazem preferencialmente artefatos de grande porte


Edson Luiz
Correio Braziliense  10 Julho 2011

A Polícia Federal (PF) detectou um novo modelo de tráfico de armas. Grande parte dos armamentos que entram ou saem do país ilegalmente passam agora por via marítima. Hoje, apenas 1% dos contêineres inspecionados nos portos de Santos e Paranaguá são escaneados pela PF, o que facilita o embarque ou desvios de armamentos estrangeiros. Diagnóstico realizado pela área de inteligência do órgão mostra também que as armas que chegam ao Brasil para abastecer o crime organizado não é mais o mesmo: são velhas, usadas e muitas são desviadas das forças armadas de países da América Latina. Nas apreensões realizadas recentemente, há até artefatos utilizados na guerra das Malvinas.
Segundo os levantamentos da PF, a maior parte das armas que entram no país são de grande porte. O diretor de Combate ao Crime Organizado, Oslain Campos Santana, afirma que a intenção dos criminosos é usar os armamentos em roubo a bancos, carros fortes e resgate de presos, principalmente. Além disso, a PF detectou que muitas quadrilhas estão utilizando armas velhas, como os fuzis AK-47, um dos mais comuns nas guerras étnicas na África e  no Leste Europeu. A razão atribuída a isso é o aumento dos preços. Um fuzil M-16, por exemplo, passou de R$ 5 mil para R$ 20 mil em poucos anos. O mercado escasso incentivou a criação de quadrilhas especializadas em aluguel de armas pesadas para outros bandos.
De acordo com o delegado, as rotas marítimas preocupam hoje tanto quanto as terrestres. No mapa traçado pela Polícia Federal começam a aparecer os portos de Paranaguá, no Paraná, e de Santos, em São Paulo, onde a própria PF admite que a fiscalização é falha. A inspeção dos contêineres que seguem ou chegam do exterior é por amostragem, e, com o aumento do comércio exterior, a proporção do que é examinado tem diminuído. No mês passado, a PF conseguiu apreender 140 quilos de cocaína que estavam prensadas em portas exportadas para a África.
Outra preocupação em relação ao tráfico de armas é o Lago Itaipu, no Paraná, por onde entram os chamados formiguinhas: pessoas que trazem para o território brasileiro armas de pequeno porte ou acessórios dos artefatos, que são montados no país.
No Norte do país, as armas entram pela Colômbia, pela Bolívia e pelo Suriname, onde a fiscalização é precária por causa da extensão da fronteira. Os armamentos passam pelas fronteiras do Amapá, do Acre, do Amazonas e de Rondônia. A PF chegou a apreender, recentemente, fuzis calibre .30, pertencentes às Forças Armadas bolivianas. Na fronteira Sul, a entrada dos artefatos é pela Argentina, de onde vêm pistolas Bersa, granadas e armas utilizadas durante a Guerra das Malvinas, conflito entre o país sul-americano e o Reino Unido, ocorrido em 1982. O Paraguai é uma das rotas mais comuns.
Para a PF, a dificuldade na comercialização modificou as atividades dos traficantes de armas, que estão se voltando para a droga. Segundo dados de inteligência da PF, quem negocia com armamentos são pessoas especializadas e que conhecem o material. Além disso, a investigação em torno dessas quadrilhas é difícil, já que os traficantes usam modos de atuação diferenciados e, ao contrário do que ocorreu com o tráfico de drogas, as atividades não são contínuas. O comércio ilegal não apenas atinge os artefatos de grande porte, mas também as de calibre baixo, como pistolas e revólveres. Nesse caso, o tráfico é feito com armas brasileiras, que seguem para o exterior e retornam ao país de forma clandestina.
Hoje, o Brasil figura na segunda colocação, entre 57 países, no ranking do número de mortes causadas por armas de fogo. Levantamentos de organizações não governamentais e do próprio governo confirmam que a maior parte dos óbitos são ocasionados por artefatos de baixo calibre, de origem nacional e que foram objetos de desvios.
Fronteira vulnerável
De onde vêm as armas que chegam ao Brasil por terrra
Colômbia
as armas podem entrar por Letícia, na fronteira com o estado do Amazonas, ou por meio dos rios ao longo da floresta.
Suriname
Os armamentos entram no país pelo Pará ou Amapá. As densas florestas facilitam o tráfico.
Paraguai
São vários os locais por onde entram armas contrabandeadas. Cuidad del Leste e Pedro Juan Caballero são as principais cidades paraguaias no Sul do país; na fronteira com Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, há  milhares de estradas vicinais.
Bolívia
As armas podem entrar por Guayara-Merin, na fronteira com Rondônia, ou por Cobija, que faz divisa com o Acre.
Argentina
Os armamentos
 chegam a vários estados próximos à fronteira, principalmente na cidade gaúcha de Uruguaiana

terça-feira, 4 de outubro de 2011


Programa de Especialização de Times de Escolta


O Programa de Especialização para Times de Escolta é a primeira solução no Brasil direcionada para Empresas e Instituições que executam o serviço de escolta. Trata-se de um treinamento progressivo, objetivo e direcionado para a Gestão de Resultados. Seu desenvolvimento por nossos colaboradores foi através de pesquisas e experiências operacionais e de instruções, adquiridas no âmbito nacional e internacional.

Investimento:


Carga horária

Horas aula: aproximadamente 45 horas
Dias: 4 dias

 Trabalhos Anteriores:




Grade do Programa

1.    Sistemas de Operações de Escolta;
a.    Fundamentos
b.    Conceitos
c.     Sistemas e métodos
d.    Procedimentos de chegada e partida
e.    Deslocamentos nas vias
f.     Formação e Composição de Times de escolta
g.    Treinamento

2.    Comando e Controle de Operações – Inteligência;
a.    Sistema de inteligência e levantamento de dados
b.    Planejamento e seleção de rotas
c.     Comando e controle de operações
d.    Equipamentos de comando e controle

3.    Balística;
a.    Definição e conceito
b.    Fases da balística
c.     Historia das armas
d.    Funcionamento e Classificação
e.    Munições

4.    Equipamentos e Armamentos;
a.    Armas para o serviço de escolta
b.    Munições para o serviço de escolta
c.     Equipamentos individuais
d.    Equipamentos do grupo

5.    Manipulação de Armas;
a.    Manuseio e adequação
b.    Panes
c.     Recargas
d.    Tiro Tático SWAT/SRT  I (Pistola e espingarda)
e.    Tiro Tático SWAT/SRT II

6.    Operações Urbanas;
a.    Conceitos e métodos
b.    Abrigos e Coberturas
c.     Controle e domínio do ambiente
d.    Exercícios de progressão no terreno
e.    Resgate de Operacional Ferido

7.    Direção Tática
a.    Introdução
b.    Postura na condução de veículos
c.     Controle e domínio de volante
d.    Frenagem
e.    Inversão de direção
f.     Exercícios de ação e reação

8.    Contra Emboscadas;
a.    Emboscadas mais comuns
b.    Uso do Veiculo como abrigo
c.     Aproximação de veículos suspeitos
d.    Falsos bloqueios polícias
e.    Contato com veiculo parado
f.     Exercícios de ação imediata
g.    Formações escalonadas e mudanças de direções
h.    Recuperação de veículos com motorista incapacitado
i.      Cobertura de fogo e manobras necessárias
j.     Desembarque sobre foco e reação

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

SWAT - Special Weapons And Tactics

O conceito de SWAT (Special Weapons And Tactics) surgiu nos anos de 1960, como uma solução para vários incidentes desenrolando nos Estados Unidos. Atiradores escondidos disparavam contra civis e policiais ao redor do país. Muitos destes incidentes aconteceram em Los Angeles, durante e depois dos “Watts Riot”.

Revoltas enfrentadas pelas primeiras SWATs (Watts Riot)
Um estudo crítico de como cada incidente ocorreu, foi feito pela chefia do LAPD e percebeu que não existia uma resposta efetiva para estas situações perigosas. O Oficial John Nelson apresentou algumas armas especiais e um novo conceito de táticas a um jovem inspetor, Darry F. Gates. O inspetor Gates concordou e aprovou o conceito de pequenos grupos de policiais altamente disciplinados, que utilizando armas e táticas especiais para combater estes ataques incomuns e de difícil solução.



A primeira unidade SWAT ( Special Weapons And Tatic) foi constituída com 15 equipes de quatro homens. Os membros de cada equipe foram recrutados de policiais que executavam serviços de patrulha e outras tarefas policiais, que tinham grande experiência em patrulhamento e prestado serviço militar. Cada grupo era reunido mensalmente para treinamento ou quando surgia a necessidade real para utilização de armas e táticas especiais. Estas unidades, conhecidas como "grupo estático de defesa", ofereciam segurança às instalações policiais, durante distúrbios civis.

Primeiras Unidades SWATs
Em 1971, o efetivo da SWAT foi constituído com uma equipe em tempo integral, subordinada a Divisão Metropolitana. Para responder à ação continuada de grupos subversivos, a crescente taxa criminal e a permanente dificuldade de reunir uma equipe de pronta resposta. A Divisão Metropolitana que o obteve uma firme reputação atuando como unidade tática do Departamento, estava organizada em pelotões "A", "B" e "C". A Unidade de Armas e Táticas Especiais tinha a designação de "Pelotão D", e ao mesmo tempo, formalmente, adotou a sigla SWAT.


Desafios enfrentados pela SWAT

Momento da prisão de membros do "Black Panthers"
O Primeiro desafio para estes pioneiros, no uso de armas e táticas especiais, se verificou em 1969. No dia 08 de dezembro, foram emitidos mandados de busca e apreensão de armas ilegais na sede dos “Panteras Negras”, entre a Rua 41 e Central. Os Panteras Negras atiraram contra os 40 membros da equipe SWAT. No cerco de quatro horas, foram disparados inúmeros tiros, resultando em três Panteras e três Policiais feridos. Os Panteras se renderam para a SWAT e esta primeira missão era agora uma parte indelével de sua história.



Na tarde de 17 de maio de 1974, a equipe SWAT enfrentou um de seus desafios mais significativo. O Exército de Libertação Simbianes (SLA), um grupo de terroristas fugitivos, fortemente armados, se homiziou em uma residência na Rua 54ª Leste coma Avenida Compton. O evento foi testemunhado por milhões de pessoas através da televisão e do rádio e rendeu vários dias de notícias na imprensa mundial.

Casa onde os membros do SLA estavam abrigados.
Foram feitas 26 conclamações para que os suspeitos se rendessem, 18 destas antes da introdução de gás lacrimogênio e 10 durante a confrontação. Nem um único disparo foi feito pela policia antes das conclamações iniciais, sendo todas repelidas por disparos de armas semi-automáticas e automáticas.

Apesar dos 3.7772 disparos feitos pelo SLA, nenhum cidadão ou oficiais de policia foram atingidos. Porém, o destino dos suspeitos foi um pouco diferente. Durante o tiroteio, ocorreu um incêndio dentro da residência. A causa do fogo é oficialmente desconhecida, mas foi especulado que um projétil perdido acertou um dos coquetéis “Molotov” dos suspeitos. Todos os seis suspeitos sofreram múltiplos tiros e faleceram nas chamas.

Em 1983, o Departamento enviou três supervisores de equipes SWAT para a Europa, a fim de avaliar e desenvolver as técnicas empregadas pelos grupos especiais: GSG-9 alemão, GINGN francês e o lendário 22º SAS britânico. Um programa de treinamento rigoroso e difícil foi implantado com um objetivo:

Desenvolver uma real capacidade de resgate de refém pelas equipes SWAT do LAPD.

Time SWAT em treinamento de Combate em Ambientes Confinados.
O próximo importante desafio para a SWAT foi em 1984. Com os jogos Olímpicos de Verão previstos para Los Angeles e com o terrorismo proliferando ao redor do mundo, a cidade era um provável alvo. Os líderes do Departamento e da equipe SWAT, novamente reconheceram a necessidade e começaram a desenvolver uma habilidade que ainda não existia dentro da equipe SWAT do LAPD ou qualquer outra equipe SWAT ao longo da nação.

Foram mais 2.000 horas de treinamento, por oficial, para elaborar um novo conceito dentro de outra realidade. Nos 19 dias dos jogos de verão de 1984, os oficiais da SWAT trabalharam em um esgotante treinamento de tempo integral, 24 horas de serviço por 24 horas de descanso para aprimorar essas habilidades. Os Jogos de Verão de Los Angeles aconteceram sem nenhum incidente, mas as habilidades anti-terrorismo desenvolvidas durante aquele treinamento elevaram a equipe para um novo nível.

Como o aprimoramento da habilidade de resgate de refém, a SWAT do LAPD liberou dúzias de reféns e recentemente, prendeu aproximadamente 80 suspeitos homiziados e executa uma média de 50 operações de alto risco por ano.

"Não importa qual seja a missão, treine sempre para a pior situação"